segunda-feira, março 15, 2010

Pé baitola

Como diriam os filósofos da minha família, “gosto é que nem cú, cada um tem o seu e ninguém mete o dedo no meu”. E sim, o cú é com acento mesmo que é um cu diferente, dito com mais ênfase, sabe?

Voltando, gosto é de cada um. Eu, particularmente, não gosto de várias músicas que a metade-cara gosta, mas eu acabo escutando.

E é nesse momento que eu fico puto com o meu pé.

Eu sou daqueles que não sabem dançar e que fica sempre um paramédico na beira da pista de dança toda vez que eu vou lá só pra caso de nessa vez ser realmente um ataque epiléptico.

Mas, em dias mais contidos ou com menos álcool, eu tendo a ficar sentado no meu canto. E é nessa hora que meu pé toma vida própria.

Antes que eu perceba, lá está ele marcando o ritmo da música tocando. Ele é muito atento e tem uma noção de ritmo muito melhor do que eu. Tenho até que ter umas aulas com ele, nesse sentido.

Até aí, tudo bem. É uma festinha, é uma boate, é um bar – não tem nada demais em ficar marcando o ritmo com o pé.

Mas é no momento em que toca uma música ruim que ele me desgraça. Quando a Carol vai lá e coloca aquele bakstreet boys-nsync-britney spears-five-spice girls e eu fico fazendo toda a minha cara de nojo e descontento, lanço meu discurso sobre o quanto me desgosta isso aí, que o maldito vai e começa marcar o ritmo.

Ele me entrega!

Sacanagem!

Eu sinceramente não estou gostando da merda da música mas ele não para de marcar o ritmo. Me desmente na frente de todo mundo, me faz de enrustido e ainda me entrega de viado!

Porra! Podia pelo menos escolher umas músicas menos “alegres” pra fazer isso.

Sinto que o meu pé é que nem o Kevin Kline em "Será que ele é" - não que eu seja, mas o meu pé também não consegue se controlar quando a música toca.



Sacanagem!

Não tem nada pior pra acabar com pose de machão de um cara que um pé baitola.

Só homem que gosta de cachorro quando vê um cão. Mas isso já é outra história...


*****

Un intento en español


Pie maricón

Como dicen los filósofos de mi familia, “gusto es como culo, cada uno tiene el suyo y nadie mete el dedo en el mío”.

Gusto es de uno. Yo, particularmente, a mi no me gustan a varias músicas que a mi mitad-cara le gusta, pero siempre las escuchamos.

Y es en ese momento que me caliento com mi pie.

Soy de estos que no saben bailar y que está siempre un paramédico el boliche siempre y cuando voy allí por el caso de que esa vez ser realmente un ataque epiléptico.

Pero, en días más reprimidos o con menos alcohol, yo suelo quedarme sentado en mi rincón. Y es en esa hora que mi pata crea vida propia.

Antes que me dé cuenta, ahí está ella marcando el ritmo de la música que toca. Ella es muy atenta y tiene más ritmo que yo. Tengo que tomar unas clases con ella.

Hasta este punto, todo bien. Es una fiestita, es un boliche, es un bar – no pasa nada marcar el ritmo con el pie.

Pero es en el momento en lo cual empieza um tema malísimo que él es mi desgracia. Cuando Caro pone esto bakstreet boys-nsync-britney spears-five-spice girls e yo me quedo con toda esta cara de asco y enojo, arranco con mi discurso sobre lo tanto que a mi no me gusta nada de eso, que la maldita pata empieza marcar el ritmo.

Ella me entrega!

Maldita!

A mi sinceramente no me está gostando la mierda de la música pero ella no para de marcar el ritmo. Me desmente frente a toda la gente y, por encima, me pone de maricas!

Fuck! Podía al menos elegir uns temas menos “alegres” para eso.

Siento que mi pata es como Kevin Kline en "In & Out" - no que yo sea maricón, pero mi pie también no logra controlarse cuando la música empieza.



Maldita!

No hay nada peor para acabar con pose de macho de un hombre que una pie maricón.

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